SEBÊ NÓN
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Educar para a Igualdade
O “Sebê Nón” – que significa “o nosso saber” em criolo forro – é um projeto de intervenção social da ONGD WACT – We Are Changing Together, que atua desde 2019 nas áreas da Educação e Igualdade de Género.
Tem como principal objetivo contribuir para o aumento da participação e da visibilidade da população feminina santomense, através da realização de atividades sobre temáticas que capacitam e empoderam as participantes e que valorizam o papel das raparigas e das mulheres das comunidades rurais no desenvolvimento das suas comunidades e do país e do recurso a metodologias de Educação Não-Formal para proporcionar momentos de aprendizagem diferenciados e oportunidades de aquisição de conhecimentos inovadores e impactantes nas suas vidas.

O projeto começou por trabalhar apenas com raparigas adolescentes, e posteriormente passou a incluir mulheres adultas e alargou-se para vários distritos da ilha de São Tomé – Lobata, Mé-Zóchi e Cantagalo.
OS OBJETIVOS
- Contribuir para o aumento da participação e da visibilidade da população feminina Santomense.
- Intervir junto de raparigas e mulheres das comunidades rurais da ilha de São Tomé, com idades entre os 11 e os 17 anos e os 20 e os 65 anos respetivamente.
- Transmitir conhecimentos e oportunidades em prol de um processo de capacitação e empoderamento multitemático e abrangente.
A EQUIPA

Sofia Ramos

Jesimilson Varela

Fernanda Baessa
Fui a São Tomé para conhecer a Sebê Nón, essa foi a minha real motivação. Queria trabalhar com mulheres e meninas santomenses, tendo sempre em conta o empoderamento de uma mulher negra. Dado o mundo como está estabelecido, a mulher negra na hierarquia da sociedade é que a sofre mais discriminação e por isso, voluntariar-me para este projeto era também lidar com o meu privilégio e com a minha perceção social estabelecida sobre o feminismo e sobre ser mulher.
O Sebê Nón foi uma jornada enriquecedora para mim, estudei muito antes de partir e procurei com a Sofia pensar em atividades que estimulassem as miúdas a debater temas que no dia-a-dia lhes chegam como normalidade.
A Roça Agostinho Neto, as pessoas da comunidade e todas as meninas do projeto, superaram todas as minhas expectativas e enriqueceram toda a minha jornada. Foram 3 semanas que passaram demasiado rápido e que hoje sentada em Portugal me chamam para poder fazer mais pelo mundo e por este projeto.
Há projetos e pessoas que nos tocam a alma, nos inspiram. A minha jornada de voluntariado já vai longa e conhecer projectos como o Sebê Nón faz-me a acreditar que fazer bem e melhor é possível, sendo realmente conscientes das dificuldades e das qualidades da comunidade, para realmente dar ferramentas para impulsionar quem vive com menos privilégio. Dar ferramentas para alcançar o que era suposto, mas é tantas vezes impossível.
Contarei estar ligada a elas e ao projeto por mais tempo do que a minha jornada em São Tomé, mas espero realmente lhes ter deixado uma semente, um bicho carpinteiro que as ajude a alcançar a sua mudança, a mudança que querem para si, para o seu país e para as suas pessoas.
Continuem o excelente trabalho. Força aí mulheres!”
“Quando entrei no projeto Sebê Nón sabia que a minha vida iria mudar a partir daquele momento, só não sabia que toda a comunidade da Roça Agostinho Neto iria fazer isso acontecer desde o primeiro instante. Foram 3 semanas intensas e muito gratificantes, pois o trabalho desenvolvido com as meninas integrantes do projeto faz-se notar mesmo depois do nosso regresso. As vivências, as aprendizagens, os desafios e todos os momentos que vivemos juntas, vão ficar para sempre marcados na minha memória e acredito que isso seja o vínculo que me ligará a elas por muito tempo.
De muitas certezas que ganhei, a maior delas foi que, todas as meninas, cada uma à sua maneira, têm nelas a garra suficiente para enfrentar tudo o que quiserem e com isso realizar e alcançar todos os sonhos, sem nunca desistir.
E a Sebê Nón é fundamental para afirmação e aprimoramento desses valores dando-lhes muitas das ferramentas essenciais, por isso a minha contribuição e ligação ao projeto permanecerá.
Foi uma viagem bonita, que ficará eternizada em mim para sempre, tal como, o espaço ocupado por elas no meu coração.”
“Ver estas Raparigas Rebeldes a pegar no Código dos Direitos das Mulheres Africanas foi algo que, sem dúvida, me inspirou bastante ao longo destas 3 semanas…
Conhecer as suas palavras, as suas opiniões em construção, os seus desenhos, foi um verdadeiro privilégio. Para além disso, saber que sou mais um degrau na escada que estão a subir e que transformei um pouco daquilo que será o seu caminho é algo de que me orgulho bastante.
A essência deste código é centrar as atenções nas crianças de hoje que são as adultas e os adultos de amanhã… Quem durante estas 3 semanas leu estes direitos pode ser quem os escreverá e concretizará mais tarde. E sei que todas têm o potencial para tal feito.
Quero agora pedir-lhes, às meninas da Roça Agostinho Neto, que nunca se esqueçam do verdadeiro significado de ser uma Rapariga Rebelde e que se recordem, sempre, de que a sua voz tem um poder astronómico, capaz de, realmente, mudar o mundo.”
